domingo, 3 de novembro de 2013

TRADIÇÃO DE FINADOS LEVA MILHARES DE PESSOAS A VISITAREM O CEMITÉRIO DE UNIÃO

DIA DE FINADOS MUITO MOVIMENTADO EM UNIÃO

A tradição de finados levou milhares de pessoas ao cemitério de União, durante todo o dia deste sábado (02/11), começando a visitação mesmo antes de clarear o dia. 
Muitas pessoa têm que visitar vários cemitérios num só dia e começam cedo, quando ainda está tudo escuro, para que ao começar a brisa da manhã, as velas já tenham sido queimadas.
Na zona rural, por volta das 4 horas da manhã os cemitérios já estão cheios de pessoas em visita aos túmulos dos seus entes queridos e, como não há iluminação elétrica, só o clarão das velas, facilita a locomoção e a localização dos túmulos antes da aurora dar as boas vindas aos visitantes.
Já no cemitério principal de União, as ruas adjacentes ficam totalmente tomadas pelos carros e motos, o que sinaliza que o cemitério está cheio de visitantes. À partir das 5 horas da tarde é impossível encontrar uma vaga para estacionar nas proximidades do campo santo, tendo os motoristas que deixarem seus veículos a muitos metros de distância. Aí é onde entra o serviço dos "guardadores" de ocasião: mal você estaciona, já aparecem alguns garotos disputando a preferência do motorista para vigiarem seu carro.
No interior do cemitério, observamos que está tudo muito limpo, porém desorganizado, no que toca ao alinhamento e distanciamento entre os túmulos. Coisa que já vem de muitos e muitos anos e torna-se impossível tentar organizar agora, já que existem muitos jazigos construídos, alguns até imponentes.
Muitas pessoas encontravam dificuldade em localizar determinados túmulos, pela falta de sinalização, ou demarcação de lote. Como o local está em constante mudança, aqueles que só estiveram lá no ano passado, sentiram certa dificuldade.
A capela do cemitério de União foi bem frequentada por conta das missas que foram celebradas lá, com direito à homenagem nominal à muitas pessoas que já não estão mais entre nós.
O contraste desta tradição cristã, ficou mesmo por conta de um bar que fica a poucos metros na mesma rua do cemitério e outro que fica bem no fundo. Ambos insistiam em permanecer abertos e tocando forró. O que fica nos fundos, chegava a atrapalhar as orações dos visitantes, tamanha é a aproximação e a altura do som, incompatível com a ocasião.
 Os donos dos bares imaginavam um bom faturamento com a grande movimentação de pessoas no cemitério vizinho e esqueciam-se que neste dia, as pessoas estão carregadas de sentimentos como saudade, tristeza, lembranças fortes de quem partiu a pouco tempo e não com espírito de curtição, principalmente ali, do lado da morada definitiva de quem acabamos de homenagear com flores, velas e orações.